No azul real o toque de um beijo
Que assola das profundezas
Mistura doce de força e desejo
Quietude morna ou incertezas
Nas páginas quietas que solta o mar
As recordações num breve ir
Porque será que o tempo teima em fugir
A vista teima em ficar, ali a quietude
De quem se atreve a sondar
O mar o vento tudo amiúde
No parapeito fica o almejo
O apelo à intimidade
Fica também um certo festejo
Na leitura a insanidade
Que busca luxuria certa
Nas linhas escritas a preto
Ai de quem se atreve e levanta
O véu de um mundo secreto.
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