Idas e vindas cavam socalcos
defraudados
Pelo ruir de uma dor alheia às vindas
inglórias
Às partidas alheadas aos momentos
roubados
Ao amor insatisfeito sem vitórias
Os meus pensamentos dispersos estão
baços
A lágrima que cai tem a tonalidade do
fulgor
Resplandecência na labareda do
desejo
Almejo contudo dormir nos teus
braços
A existência é composta de dor
Dor na chegada, um tempo curto
Dor na partida, ausência prolongada
Dor e mais dor retalhos de amor
Ânimo passageiro na madrugada
Nas idas e vindas se perde o
sentido
Arrefecem os lençóis desse lado da
cama
Desafogam tentações ilusoriamente falando
Julgamento apressado do momento finado
Junta-se-lhe o cansaço fora de
horas
Vitórias onde estão, sorrisos que
não sei
Gemidos agonizam, tentarei por fim
adormecer.
E a tua imagem preencha a noite
finda.
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