terça-feira, 27 de março de 2012

Não...


Procuro no vento o elo que esqueci
O caminho perdido água que bebi
A morte, é um punhado de pó vadio
Apesar de tudo denso mas arredio

Indago, quando a morte chegar
O que esperar de lembranças ociosas
Um amor de faz de conta, matreira
É a vida, uma canseira inútil, mentirosa
A noite ao abeirar empurra o desejar

Pela valeta vazia airosa e caprichosa
É a vontade que renego, não
A palavra dita por vezes em surdina
Não, mil vezes não, a morte é ardina
Que grita nos tempos vindouros
A falta de tacto, a falta de amor
Na cor deslavada de uma rosa

Que murcha sozinha embalada pelo vento
Desalento no choro escondido
Falta de tempo que teve, um amor vivido
Sonhado e corrido, foi no vento que o escrevi.

1 comentário:

  1. Linda, sua pagina. Voltarei mais vezes para ler. Um abraço e muita paz e luz. Beijos.

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