segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013…. Para todos os que passam por este Blogue, tornando assim os meus dias mais ricos em calor humano.

Hoje não escrevo poemas
Nem tao pouco sentimentos
Penso escrever apenas
A paz em alguns momentos

Este ano de 2012 foi enganador
Deixa no regaço a saudade
De um povo sofredor
Alguma intranquilidade
E no meio muita dor

Deixa contudo a esperança
Num mundo muito melhor
Deixa em mim confiança
Que darei um passo maior

Assim a minha crença
Chegue ao teu coração
Esta missiva convença
A dar-mos então a mão

Um feliz 2013 é a minha vontade
Que te traga muita saúde
E um pouco de vaidade
Em ser tal como és
Nunca te deixes moldar
Se Deus te fez tal e qual
À imagem que tens de ti
É porque não estás assim tão mal
E mereces ser feliz.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Algures



Pega-me ao colo, por um minuto pega-me ao colo
Aperta nos teus braços a magreza do meu corpo
Cinge na claridade a sombra do que fui, oferta consolo
Sem pedir em troca gestos que esqueci

Quem sabe as nuvens se dissipam e o dia amanhece claro
A poeira do caminho adormecerá nas bermas e os ais se vão
Para longe, muito longe, onde o eco não reverta disparo
Quem sabe as cigarras cantem no inverno

Pega-me ao colo e escuta o que me vai na alma
Tenho saudades de que me escutem, a pressa de todos nós
É propícia ao esquecimento, tenho saudades do brilho e da calma
Do brilho dos teus olhos, da calma da minha alma, nunca aprendi
 
O som do silêncio, mesmo calada grito e tu não sabes ler
A cor da lágrima que retrai a vontade de ser feliz
Que fez o tempo comigo e contigo, que parece esquecer
O teu e o meu nome, entrelaçados algures no eterno.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Preciso do seu voto

http://aventar.eu/blogs-do-ano-2012/
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Natal 2012




Natal tempo de paz, de amor, fraternidade
Tempo de matar saudade num abraço apertado
Esquecer as amarguras de um ano conturbado
Aconchegar amigos com a força da igualdade

Natal do Deus Menino o meu imaginário
Um presépio com musgo, prenda no sapatinho
Olhar arregalado pelo alto da chaminé
Em tempos distantes o cheiro a azevinho
Natal quem me dera que fosses solidário
Nas mãos estendidas uma luz que ilumine

Todos os que precisam de um gesto e de pão
As crianças com frio e os velhos tão cansados
Os pais desta terra que labutam dia-a-dia
Natal tivesse eu mil braços guardados
De lés a lés levaria conforto e atenção

Há falta disso, meus amigos, oferto fantasia.
Para si um bom Natal com amor no coração.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Saudades tuas



Vem a mim uma força estranha
No âmago a essência do norte
Perceptível ao olhar amante
Próprio a quem inventa
Sonhos.

Estranha forma de vida
Intransponível a solidão
Da distância desgovernada
Onde estás, aflição
Em molhos
 
De pétalas brancas caídas.
Esvoaçam a meus pés
Teu rosto nas letras tingidas
Rodopia nas marés

É assim dia após dia
Até as paredes nuas
Fingem a letargia
No ar, saudades tuas.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Verso de amor



  Vi no canto dos teus olhos a verdade
Em gotas de orvalho imaginável
Na cor o mel e a esperança
Igual a pérola solta
Deslizando pelo planalto do crer

Não contam os dias de afastamento
Tampouco a memória imprudente
Ou a vontade de um beijo
Marcas de um passado imprevisto
Desvendei inda há pouco
O sabor do amor num dia de chuva

Escrevo contudo de alma apertada
Não sei, é certo
Qual a razão por que busco tal carta fechada
 A razão do meu verso perdido
Pode ser impulso ou banalidade
Contudo é um verso de amor sentido.


domingo, 28 de outubro de 2012

Sem falta



Sou espaço secundário
Sem falta ou valor, eu sou
Um negro mercenário
Que na tua vida entrou

Não tenho pensar
Utilidade ou nobreza
Acabarei por naufragar
A clara certeza

Por entre os destroços
Reconheço o meu espaço
Nem as penas dos pássaros
Aninham cansaço

No afastamento
Está a trave mestra
Sem entendimento
Mas que vida esta.

Fraco suplemento
Em horas vazias
De um casamento
Certezas tão frias.