Vi no canto dos teus
olhos a verdade
Em gotas de orvalho imaginável
Na cor o mel e a esperança
Igual a pérola solta
Deslizando pelo planalto do crer
Não contam os dias de afastamento
Tampouco a memória imprudente
Ou a vontade de um beijo
Marcas de um passado imprevisto
Desvendei inda há pouco
O sabor do amor num dia de chuva
Escrevo contudo de alma apertada
Não sei, é certo
Qual a razão por que busco tal carta fechada
A razão do meu verso perdido
Pode ser impulso ou banalidade
Contudo é um verso de amor sentido.